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Secretaria de Educação promove Roda de Conversa sobre autismo

Secretaria de Educação promove Roda de Conversa sobre autismo
A Roda de Conversa sobre “Autismo e o uso da tecnologia e participação em sociedade – os pais como co-terapeutas”, movimentou a Secretaria de Educação de Caraguatatuba, na noite dessa terça-feira (02/04), Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

#PraCegoVer: A diretora do setor de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação, Adriana Coelho, está sentada em uma carteira. Ela fala ao microfone. Ela está de óculos, cabelos presos e usa blusa azul de malha com estampa da Educação Inclusiva e calça azul marinho. Ao seu lado esquerdo, na parede há uma lousa digital onde está escrito Dia Municipal do Autismo – Roda de Conversa: o uso da tecnologia e participação em sociedade – os pais como co-terapeutas
O encontro, organizado pela equipe do setor de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação, teve como objetivo reunir profissionais de diferentes áreas das secretarias de Educação, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Desenvolvimento Social e Cidadania, Esportes, pais e filhos e entidades de apoio como Acalento e APAE para um bate papo sobre o assunto, troca de informações e experiências.
A diretora do setor de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação, Adriana Coelho, disse que no início da carreira como pedagoga, sentia dificuldades para ter acesso a cursos sobre o transtorno, informações e capacitações para lidar com os alunos, pacientes ou filhos autistas. Em 2017 eram 64 alunos com autismo na rede municipal de ensino. Este ano já são 132.
“Como profissionais e como pais, precisamos ter boa vontade para fazermos a diferença, se capacitar continuamente e muito otimismo para lidar com as * várias situações com as quais nos deparamos no caminho. Cada autista é um caso diferenciado. Mas, aqui, estamos trabalhando o coletivo, Ninguém faz nada sozinho. Então, essa rede de apoio que fomentamos nessa reunião é justamente para que ninguém se sinta sozinho e também possa se conhecer e se ajudar”, afirmou.
Patrícia Dorothea Veloso, 50 anos, teve dois filhos autistas, Adnan, 19 anos, e Adler, 12 anos. O primogênito só teve o diagnóstico aos 12 anos e o mais novo aos cinco anos. Ela contou ainda que com muita luta e empenho conseguiu que o filho mais velho, que também tem atraso intelectual, concluísse o Ensino Médio. Agora ele pretende fazer um curso de assistência técnica em computadores.
O mais novo estuda no 5º ano, da EMEF Prof. Euclydes Ferreira (Perequê-Mirim), e frequenta o Centro de Referência para Inclusão Escolar e Social (Cries) e aulas especializadas na sala de Recursos da unidade escolar. Em seu depoimento, Patrícia disse que ambos têm consciência do autismo e se aceitam como são e não se abalam por serem diferentes.
“Eles têm um pouco de dificuldade de entender o nosso mundo. O mundo deles é mais simples e leve. Procuro educá-los para enfrentar a vida, porque não sou eterna e eles precisam saber se virar sozinhos. Ser mãe de autista é surpreendente, aprendemos muito ao olhar para o outro com empatia. Cada dia é um ensinamento, cada detalhe na evolução deles é uma conquista de um mundo inteiro”, declarou.
Motorista há dois anos na Secretaria de Educação, na linha que transporta alunos com deficiências, entre eles autistas, Fernando de Castro Pontes, 41 anos, quis participar da roda, no intuito de agregar conhecimento ao trabalho.
“Percebo que se uma das crianças fica agitada dentro do ônibus, interfere no comportamento das demais. Quero aprender a lidar com as situações variadas para que os alunos se sintam seguros e gostem de andar no ônibus. Achei excelente a roda de conversa. Aprendi muito, inclusive que os autistas são capazes de fazer várias atividades, porém precisamos descobrir as chaves para que as portas na cabeça deles se abram”, avaliou.
A psicóloga da Secretaria de Saúde, Michele Cardoso, estuda o autismo há três anos e já participou de vários cursos e formações sobre o assunto pelo país. Ela é especialista na análise do comportamento aplicada, muito conhecida pela sigla ABA (Applied Behavior Analysis).
“Normalmente atendo 40 autistas por semana além dos protocolos de avaliação do desenvolvimento de crianças de 0 a um ano e meio nas escolas. Ensino os pais a lidar com os diversos comportamentos do autista e como eles podem auxiliar como co-terapeutas, em casa, no desenvolvimento de habilidades básicas como sentar, saber esperar, imitar atitudes desejadas socialmente, discriminar situações, etc. Hoje com tanta informação na internet e grupos de whatsapp falta esse encontro de pais de autistas para contar histórias, momentos vividos, dicas, enfim, o olho no olho é muito importante”, declarou.
TEA – O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais.
Recebe o nome de espectro porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve à mais grave.
As pessoas com TEA têm dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos, de entender algumas formas de comportamentos não-verbais como expressões faciais, gestos físicos e contato visual.
O TEA é assunto sério e quanto mais cedo a criança for diagnosticada, melhor é a forma de intervir para que os tratamentos tenham resultados eficientes.
O tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) é “Tecnologias assistivas, participação ativa”. A ONU argumenta que “para muitas pessoas no espectro do autismo, o acesso à tecnologias assistenciais a preços acessíveis é um pré-requisito para poder exercer seus direitos humanos básicos e participar plenamente da vida de suas comunidades e, assim, contribuir para a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável. A tecnologia assistiva pode reduzir ou eliminar as barreiras à sua participação em igualdade com as demais”.
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