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Professores da disciplina Educação para Relações Étnico-Raciais participam de imersão sobre cultura indígena com ceramista Carlo Cury

Professores da disciplina Educação para Relações Étnico-Raciais participam de imersão sobre cultura indígena com ceramista Carlo Cury
No Ponto de Cultura Espaço Hartãt – Acervo Indígena, no bairro Martim de Sá, mantido pelo ceramista Carlo Cury e pelo agrônomo Claudio Dias, os professores da disciplina Educação para Relações Étnico-Raciais (ERER) puderam conhecer um pouco das experiências do artista com povos indígenas, modo de vida e cultura desse segmento da população brasileira.

#PraTodosVerem O ceramista Carlo Cury mostra uma arte em cestaria feita por indígenas aos professores do ERER
O encontro foi realizado na última semana e faz parte das discussões do ERER no mês em que se comemora o Dia dos Povos indígenas, 19 de abril. A disciplina destina-se a promover o conhecimento e o respeito às diferentes culturas dos povos tradicionais, indígenas, afro-brasileiros e africanos; entender e valorizar a importância do protagonismo da cultura criativa e da manifestação cultural desses povos para a preservação dos recursos naturais e sustentabilidade.
Os docentes assistiram a um vídeo documentário produzido por Claudio Dias, referente a uma oficina de cerâmica ministrada pelo artista na Aldeia Jacarezinho, da etnia Munduruku do Pará e conheceram peças de cestarias, cerâmicas e ornamentos de 30 etnias da Região Norte do país.
No registro filmado, o ceramista mostra técnicas de confecção de cerâmica a 16 alunos. “Todos confeccionaram e os outros que presenciaram também começaram a produzir. Muitos jovens participaram das oficinas não falam o português, mas a entrega deles ao trabalho foi emocionante e maravilhosa. É um ambiente harmônico e limpo”, ressaltou.
No bate-papo com o artista, Cury ressaltou que no Brasil há 305 etnias e 278 línguas indígenas faladas e que poucos não indígenas sabem disso.
Também foi mencionada sobre a importância que essa cultura dá à coletividade. “Tudo é feito em grupo e para todos. Todos os dias, no café da manhã, dos quais tivemos a oportunidade de participar, cada um trazia o que tinha de alimento que era distribuído para quem não tinha. Ali, nesse momento de repartir o pão, há uma comunhão e eles discutem ainda as questões dos fazeres daquele dia”, disse Carlo Cury.

#PraTodosVerem O ceramista Carlo Cury mostra objetos de cerâmica e cestaria aos professores do ERER
O ceramista chamou a atenção dos presentes para a complexidade de confecção de cestaria, que tem a ver com a cestaria caiçara, que veio dos indígenas. “Fizemos relações entre cultura indígena, negra e caiçara, que envolve território, língua, o próprio nome Caraguatatuba e palavras que permeiam as três culturas. E levantamos a questão: Onde estão os caiçaras dentro de Caraguatatuba, hoje?”, contou.
A professora Regina Aparecida Soares, da EMEI/EMEF Benedito Inácio Soares, no bairro Massaguaçu, ministra o ERER na unidade escolar e participou da reunião. “Essa matéria está ampliando o nosso conhecimento e dos alunos sobre a história Caiçara. Eu sou bisneta, neta, filha de caiçaras. Casei-me com um caiçara também. Somos um povo da região costeira, que começa no litoral do Paraná e São Paulo e regiões de Paraty e Angra dos Reis, formado pela miscigenação entre indígenas, portugueses e africanos” declarou.
A educadora disse que aprendeu muito com os relatos de Carlo Cury. “Ele é um estudioso dos povos indígenas. No vídeo que vimos mostra crianças fazendo coisas belíssimas e que passam de geração em geração, inclusive brincadeiras. Eles vivem em paz e harmonia com a natureza”, afirmou.
Ainda neste mês de abril, o Espaço Hartãt recebe os professores da EMEF Prof. Luís Ribeiro Muniz para o HTPC com roda de conversa sobre as 30 etnias da Região Norte do Brasil.
Secretaria de Comunicação Social – 14/4/2025
Fotos: Divulgação/PMC
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