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Comunidade da Cocanha, em Caraguatatuba, pode ser transformada em Vila Turística

Comunidade da Cocanha, em Caraguatatuba, pode ser transformada em Vila Turística
Uma pequena praia localizada na região norte de Caraguatatuba que, embora atraia milhares de turistas na temporada e nos finais de semana, ainda mantém as características de uma vila caiçara, onde os tradicionais pescadores colocam seus barcos ao mar e seguem para tratar da sua Fazenda de Mexilhão.

#PraCegoVer: Fazenda de Mexilhão sob a água e algumas pessoas dentro de um barco fotografam as plantações fundo (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
Assim é a Praia da Cocanha, uma comunidade que traz no seu povo as tradições e delas se transformou na maior fazenda de marisco do Estado de São Paulo. São pelo menos 17 famílias que hoje vivem do cultivo e coleta do mexilhão, também conhecido por marisco, e que rendem média de quase uma tonelada por mês.
Além do cultivo, a fazenda também é rota de passeio para quem quer conhecer o plantio submerso, por isso, a atividade qualificada como Turismo de Comunidade de Base também é um atrativo para Caraguatatuba.
Diante desse cenário, a Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Turismo, inscreveu a Vila Turística dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha no concurso do Governo Federal que vai escolher os destinos turísticos rurais que podem se candidatar ao titulo de ‘Melhores Vilas Turísticas’ do mundo.
O resultado do concurso será anunciado em outubro, durante a Assembleia Geral da Organização Mundial do Turismo, prevista para ocorrer em Marraquexe, no Marrocos. Por meio de um selo, a OMT identificará as ‘Melhores Vilas Turísticas’, que servirão de exemplo de destinos rurais na relação com bens culturais e naturais, a preservação e a promoção de valores rurais e comunitários e a defesa da inovação e da sustentabilidade nos aspectos econômicos, sociais e ambientais.

#PraCegoVer: Dois maricultores estão em pé ao lado de uma mesa onde manuseiam com mariscos fundo (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
História
Desde pelo menos a segunda metade do séc. XX existe na Praia da Cocanha uma vila de ranchos de pesca construídos e mantidos pelos próprios pescadores artesanais da comunidade local para abrigar suas canoas e objetos de pesca. Inicialmente esses ranchos foram erguidos com materiais rústicos como tábuas e troncos, além do tradicional capim-sapê.
Na época estima-se que cerca de 20 a 30 famílias caiçaras dependiam diretamente destes ranchos para manter suas atividades de pesca. Com o passar dos anos, o turismo ganha cada vez mais notoriedade na cidade, fazendo com que muitos turistas e/ou frequentadores da Praia da Cocanha admirem e valorizem cada vez mais a beleza cênica deste lugar, bem como a sua importância econômica, social e cultural para os pescadores e maricultores artesanais.
No início dos anos 2000, junto com a fundação da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha, a MAPEC, foi realizada uma reforma nesses ranchos, na qual se aumentam significativamente as suas dimensões com melhorias de madeiramento e do telhado, tornando o local definitivamente uma vila de pescadores mais bem preparada para resistir às intempéries climáticas.
A partir daí, essa vila de ranchos caiçaras foi se transformando em um verdadeiro centro comunitário, valorizado por todos. Atualmente, além de servir como abrigo para as canoas, embarcações e apetrechos de pesca, ainda serve de sede para outras inúmeras atividades como: reuniões comunitárias da MAPEC, encontros das famílias em datas comemorativas, além de ótimo local de acolhimento aos turistas e visitantes interessados em conhecer um pouco da Cultura Caiçara e do trabalho relacionado à pesca e maricultura.
Na vila é realizado também o Festival do Mexilhão. Um evento que envolve toda a comunidade. Em 2021, um levantamento realizado pela MAPEC apontou que existem hoje ao menos 20 pescadores artesanais e 18 maricultores, que junto com seus familiares, permanecem cuidando dos ranchos e realizando outras inúmeras atividades no local como pesca, criação de mexilhões, mergulho, artesanato, bem como incentivando a culinária tradicional caiçara e a Cultura Caiçara como um todo, através do seu trabalho como associado da MAPEC.
Para a secretária de Turismo, Maria Fernanda Galter Reis, o concurso foi apenas o ‘start’ para que a Vila da Cocanha se torne um produto, a Vila Turística Caiçara da Cocanha, um espaço onde turismo e história, cultura caiçara e outras culturas se envolvem proporcionando a grande ferramenta do turismo que é a troca de culturas e experiências.
“É importante ressaltar que a Vila está de acordo e cumpre com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Podendo, se necessário, apresentar indicadores que comprovem o compromisso da Vila com sua comunidade, com o turismo e sobre tudo com a municipalidade”.
Ela disse ainda que a Vila Turística da Cocanha é apenas um produto que vai se expandir para outras regiões e, inclusive, já vai constar na revisão do Plano Diretor Turístico (PDTur).
O presidente da Mapec, José Luiz Alves, destaca que esse reconhecimento é fundamental para o desenvolvimento da Vila e seus moradores que sobrevivem da pesca. “Alinhado com o turismo sustentável, com certeza será o ganho para a nossa comunidade”.
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