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Desenvolvimento Infantil e Parentalidade Positiva é tema de palestra para ADIs da Rede Municipal de Caraguatatuba
Desenvolvimento Infantil e Parentalidade Positiva é tema de palestra para ADIs da Rede Municipal de Caraguatatuba

#PraCegoVer A palestrante, professora doutora Anna Maria Chiesa está no palco do Teatro Mario Covas, proferindo palestra. Ela veste macacão de malha preto com uma lista lateral na cor creme. Usa um colar com uma pedra vermelha. Segura o microfone com a mão direita. À sua direita há uma mesa, no chão à frente, dados de tamanhos diferentes feitos de tecido, símbolo do Programa Primeiríssima Infância. Atrás da mesa há três banners em cavaletes, um do Programa Primeiríssima Infância, outro com o brasão do município de Caraguatatuba e outro da Semana do Bebê e do Brincar. Acima, há uma tela branca, onde está projetada os dizeres O desenvolvimento infantil sob a ótica da capacitação de programas e equipes – Desafios para operacionalizar o Marco Legal da Primeira Infância – Lei 13.257 – Professora doutora Anna Maria Chiesa. (Foto: Luis Gava/PMC)
Dentro da Semana do Bebê e do Brincar (14 a 18 de maio) foi promovida na noite dessa terça-feira (15/05), a palestra “Desenvolvimento Infantil e Parentalidade Positiva”, com a profª dra. Anna Maria Chiesa, voltada aos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) da Rede Municipal de Ensino de Caraguatatuba.
O secretário de Educação, Ricardo Ribeiro, abriu o evento agradecendo a parceria das secretarias de Desenvolvimento Social, Esportes, Saúde e Fundacc pelas ações desenvolvidas no Programa Primeiríssima Infância e na Semana do Bebê e do Brincar. Também adiantou aos ADIs que está em preparação uma capacitação sobre o desenvolvimento infantil visando a estimulação precoce e observação de possíveis atrasos nos bebês e crianças.
A articuladora do Comitê da Primeiríssima Infância em Caraguatatuba, Sílvia Fernandes da Silva, agradeceu à equipe do Comitê da Primeiríssima pelo trabalho desenvolvido no município, ao prefeito Aguilar Junior e aos secretários municipais que estão envolvidos em fortalecer a base desse programa que atende crianças de 0 a 3 anos.
Em seguida, a palestrante, graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade de São Paulo (1981), com Habilitação em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1982), Mestrado (1994) e Doutorado (1999) em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e Livre Docência em Enfermagem em Saúde Coletiva pela USP (2005), definiu a parentalidade positiva como o cuidado do pai, da mãe, dos adultos referência de uma criança e da sociedade em assegurar a sua sobrevivência e desenvolvimento pleno.
“O bebê reage a estímulos desde o útero e já foi comprovado que o cérebro da criança antes dos quatro anos é muito ativo. Muitas vezes, perde-se a oportunidade de criar processos de aprendizado, por achar que a criança não entende e isso não é verdade”, afirmou Chiesa.
De acordo com a especialista, os bebês precisam de regularidade e constância, afeto, um ambiente limpo e seguro, como também de estímulos e experiências positivas no início da vida para ajudar na construção da arquitetura do cérebro.
Nesse sentido, a professora doutora chamou a atenção para que os profissionais que atuam no ambiente escolar, na Estratégia de Saúde da Família, nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Centro de Referência de Assistência Social (Cras), entre outros, apoiem a família e a fortaleçam no sentido de torná-la parceira da rede de desenvolvimento voltado para a primeira infância.
“Quanto mais tivermos as famílias do nosso lado, melhores resultados teremos. Os problemas que estamos enfrentando no mundo hoje, de intolerância étnica, religiosa e de gênero, de agressão ao meio ambiente, entre outros, depende da qualidade da primeira infância para formarmos pessoas mais equilibradas, amorosas, serenas, que possam fazer do mundo um lugar melhor”, destacou.
A ADI Fernanda Amélia de Morais, no CEI/EMEI Prof. Francisco Assis de Carvalho, no Perequê-Mirim, concorda com o que foi dito no encontro. “A maior dificuldade que encontramos é realmente a falta de interação dos pais com a escola. Fazemos todo um trabalho durante a semana de alimentação, rotina, brincadeiras, comportamento, limites, que muitas vezes é jogado por terra no final de semana em casa”, ressaltou a ADI. Para ela, a solução seria a aproximação dos pais com os educadores da unidade escolar dos filhos.
Sobre a Semana do Bebê e do Brincar, Fernanda afirma que é uma diversão só. “Eu brinquei muito na minha infância. Aprendi a cozinhar em fogueira feita no quintal. Brinquei de amarelinha até meus 18 anos e adoro brincar com os alunos. Concordo plenamente que a criança tenha que brincar muito. Ela aprende brincando. Quem brinca muito na infância, com certeza será um adulto mais feliz”, afirmou.
O colega Rodrigo Brito Dias, ADI no CEI do Tinga, concorda que a aproximação dos pais e responsáveis facilita o trabalho da escola. “Sou ADI há cinco anos e não há nada mais gratificante do que receber o carinho das crianças. Mas os pais, às vezes não compreendem o trabalho do ADI como também têm preconceito quando é um profissional do sexo masculino. A cada ano é um trabalho de conquista, de confiança com os pais. Acredito que se eles fossem mais presentes na vida escolar dos filhos, mais próximos dos profissionais que atuam na escola, o trabalho de educação deles e o nosso seria muito melhor”, avaliou.
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